Em uma mensagem ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, condenou nesta terça-feira a situação humanitária imposta na Faixa de Gaza pelo regime de Israel, que resultou na morte de milhares de pessoas inocentes, “incluindo um número inaceitável de mulheres e crianças, a destruição quase completa da infraestrutura, juntamente com uma fome generalizada”. Além disso, denunciou o assassinato de centenas de pessoas nos centros de distribuição de alimentos.
Nesse sentido, ressaltou a necessidade de um cessar-fogo imediato e completo na Faixa de Gaza e da retirada total das forças israelenses que ocupam o território.
Da mesma forma, acrescentou que a questão do sofrimento do povo palestino, especialmente em Gaza, esteve no centro de suas discussões com os líderes do Chile, Colômbia, Espanha e Uruguai na cúpula “Democracia para Sempre”, realizada em 21 de julho, em Santiago.
Além disso, informou que o Brasil, em estreita cooperação com parceiros internacionais, está realizando esforços conjuntos para construir um consenso político que permita alcançar um cessar-fogo abrangente, conduzindo ao fim dessas atrocidades, à retirada completa das forças de ocupação israelenses da Faixa de Gaza, à libertação dos detidos e à entrada de ajuda humanitária na Faixa.
O presidente brasileiro destacou que a paz na Ásia Ocidental depende do estabelecimento de um Estado palestino independente e viável, com Al-Quds (Jerusalém) como sua capital.
Da mesma forma, ressaltou que a capacidade do governo palestino de fornecer serviços públicos ao seu povo exige o levantamento do bloqueio financeiro imposto por Israel às receitas fiscais palestinas, enfatizando que o bloqueio financeiro do regime sionista constitui uma violação do direito internacional, em particular do Protocolo de Paris sobre Relações Econômicas de 1944.
Reiterou o apoio inabalável do Brasil à causa palestina e afirmou o firme compromisso do Brasil com a realização dos direitos inalienáveis do povo palestino, sendo o mais importante deles o direito à autodeterminação.
Desde março, Israel fechou todas as passagens fronteiriças para Gaza, impedindo a entrada de ajuda humanitária, o que mergulhou a Faixa em uma situação catastrófica de fome.
Desde 7 de outubro de 2023, mais de 61.722 palestinos morreram e outros 154.525 ficaram feridos na guerra genocida israelense em Gaza, onde a ajuda é escassa e o bloqueio continua.
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